O EPI é responsável pela proteção de trabalhadores que atuam em ambientes que possam lhe oferecer risco a sua saúde e integridade física, tornando os assim indispensáveis para contribuir com um ambiente de trabalho seguro. De tal modo que seu uso se tornou uma exigência regulamentada pela Lei n° 6.514 de dezembro de 1977, além das orientações previstas pela NR6, sendo assim a não utilização do EPI em situações onde há o mínimo risco a saúde é passível de uma penalidade.

 Além da necessidade do fornecimento dos EPI é preciso que ocorra a orientação do uso adequado do equipamento, contrário a isso a eficácia pode ser reduzida e ate mesmo inibindo a segurança do colaborador. Os erros no uso de EPIs são mais comuns do que imaginamos, seja por falta de conhecimento ou descompromisso de alguma parte.

 Confira, a seguir, os 5 erros mais comuns no uso do EPI cometidos pelos trabalhadores e gestores.

 1.Equipamentos sem Certificado de Aprovação (CA)

 O Certificado de Aprovação (CA) é um documento emitido pela Secretaria do Trabalho e Emprego que garante que o equipamento cumpra com os requisitos necessários para proteger um usuário durante a prática laboral. Em síntese, o CA é o resumo do laudo técnico e dos testes aplicados em um determinado EPI. Através dele é avaliado desde os critérios de fabricação, bem como desempenho e assegura que o EPI oferece o resultado necessário para o tipo de risco exposto.

 2. EPIs fora do prazo de validade

 Os EPIs também possuem prazo de validade, apesar de muitos não saberem, a validade é definida pelo fabricante e deve ser acompanhada desde o momento de aquisição do equipamento. Esse prazo precisa ser respeitado, para garantir que as características e funcionalidades estejam preservadas no momento do uso.

 Além disso, é necessária uma atenção com o armazenamento correto do EPI. Exposição fora do estipulado pelo fabricante, podem danificar o equipamento. Alguns dos aspectos que podem interferir na validade do equipamento é a umidade, temperatura, exposição a substâncias químicas entre outras.

 3. EPI com tamanho incorreto

 Cuidar com o tamanho correto do EPI é de suma importância para evitar acidentes, por exemplo, quando maiores o equipamento pode se soltar e expor novamente o operador aos riscos, também é possível que ferramentas ou parte dos maquinários possam se prender durante a operação destes. Por outro lado, equipamentos muito apertados podem ocasionar, por meio da pressão, uma interferência na circulação sanguínea, até mesmo dificuldades respiratórias dependendo da região que está exercendo a pressão.

 4. Retirada dos EPIs durante a jornada de trabalho

 Durante a jornada do trabalho é comum identificar a retirada do acessório de proteção por parte do operador, o que é um erro, devido o EPI ter como objetivo ajudar na segurança do trabalhador enquanto realiza suas atividades e inclusive, tem a finalidade de o proteger mesmo não empenhando sua atividade, afinal há riscos provenientes do local e de outros trabalhadores ativos no momento.

 5. Não conhecer os riscos do ambiente

 Mapear os riscos nos ambientes tem a finalidade de entender onde há perigo ao trabalhador. Um dos erros mais graves no uso do EPI e justamente não conhecer quais são esses riscos e qual é o acessório que deve ser utilizado para a redução de tal risco. Também deve-se levar em consideração que ambientes diferentes possuem riscos diferentes. Por exemplo os riscos do trabalhador que atua na produção são diferentes de um operador de manutenção. Não levar em conta esses dados em consideração, além de poder reduzir a eficiência dos EPIs e gerar prejuízos.